domingo, 30 de novembro de 2008

LETRAMENTO
LETRAMENTO

Segundo Magda Soares, a palavra letramento começa a ser usada a partir do momento em que o conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório. Não basta mais saber ler e escrever tão somente, é preciso saber fazer uso da leitura e da escrita. A partir do momento em que as sociedades tornaram-se cada vez mais centradas na escrita e multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita não só na cultura do papel, mas também na nova cultura da tela com os meios eletrônicos, é insuficiente ser apenas alfabetizado.
Segundo Magda no início da década de 90 começaram a ser criados no Brasil, em vários estados, o sistema de ciclos básicos de alfabetização. E em 1996 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) propõe a organização por ciclos no ensino isso significa que “o sistema de ensino e as escolas passam a reconhecer que a alfabetização, entendida apenas como a aprendizagem da mecânica do ler e do escrever e que se pretendia que fosse feito em um ano de escolaridade, nas chamadas classes de alfabetização, é insuficiente”. A criança além de aprender a ler e escrever deve dominar as práticas sociais de leitura e escrita. As novas propostas metodológicas também, de hoje, sugerem que se leve a criança a conviver, experimentar e dominar as práticas de leitura e de escrita que circulam na sociedade.
Magda vai definir letramento como sendo o estado em que vive o indivíduo que sabe ler e escrever e exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: ler jornais, revistas, livros, saber ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone, saber escrever e escrever cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, saber preencher um formulário, redigir um ofício, um requerimento, etc. A alfabetização e o letramento se somam, são complementos. Enquanto que “alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita”. O importante é criar hábitos e desenvolver habilidades, sentir prazer de ler e escrever diferentes gêneros de textos. O letramento é um processo que se estende por toda a vida. E em todas as áreas de conhecimento e em todas as disciplinas aprendemos através de práticas de leitura e de escrita. Letrar é função e obrigação de todos os professores, mesmo porque cada área do conhecimento tem uma linguagem específica tanto no campo da informação, dos conceitos e dos princípios.
Para Magda o professor precisa em primeiro lugar ser letrado em sua área de conhecimento: dominar a produção escrita de sua área, as ferramentas de busca em sua área, e ser um bom leitor e um bom produtor de textos na sua área. E que seja capaz de letrar seus alunos, que conheça o processo de letramento, que reconheça as características e peculiaridades dos gêneros de escrita próprios de sua área de conhecimento. Para ela os cursos de formação de professores deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Entrevista com Magda Becker Soares.
Variações lingüísticas

O modo de falar do brasileiro
Alfredina Nery*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Toda língua possui variações lingüísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações lingüísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.
1) Em sociedades complexas convivem variedades lingüísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;
2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;
3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.
Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo.
Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.
Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.
Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.
Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.
Simplificação da concordância: as menina/as meninas.
Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas moças.
Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós pegamos “ele” na hora.
Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também).
Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.
Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.
Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.
Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.
Variações regionais: os sotaquesSe você fizer um levantamento dos nomes que as pessoas usam para a palavra "diabo", talvez se surpreenda. Muita gente não gosta de falar tal palavra, pois acreditam que há o perigo de evocá-lo, isto é, de que o demônio apareça. Alguns desses nomes aparecem em o "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa, que traz uma linguagem muito característica do sertão centro-oeste do Brasil:Demo, Demônio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo, Tinhoso, Maligno, Tal, Arrenegado, Cão, Cramunhão, O Indivíduo, O Galhardo, O pé-de-pato, O Sujo, O Homem, O Tisnado, O Coxo, O Temba, O Azarape, O Coisa-ruim, O Mafarro, O Pé-preto, O Canho, O Duba-dubá, O Rapaz, O Tristonho, O Não-sei-que-diga, O Que-nunca-se-ri, O sem gracejos, Pai do Mal, Terdeiro, Quem que não existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo.Antigamente"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."Como escreveríamos o texto acima em um português de hoje, do século 21? Toda língua muda com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, já transformado, veio o português, que, por sua vez, hoje é muito diferente daquele que era usado na época medieval.
Língua e statusNem todas as variações lingüísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para percebers que há preconceito em relação a elas. Veja este texto de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino, que fala do assunto:O Poeta da RoçaSou fio das mata, canto da mão grossa,Trabáio na roça, de inverno e de estio.A minha chupana é tapada de barro,Só fumo cigarro de paia de mío.Sou poeta das brenha, não faço o papéDe argun menestré, ou errante cantôQue veve vagando, com sua viola,Cantando, pachola, à percura de amô.Não tenho sabença, pois nunca estudei,Apenas eu sei o meu nome assiná.Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,E o fio do pobre não pode estudá.Meu verso rastero, singelo e sem graça,Não entra na praça, no rico salão,Meu verso só entra no campo e na roçaNas pobre paioça, da serra ao sertão.(...)Você acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia? Patativa do Assaré era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira".Vício na falaPara dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.Uma certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades lingüísticas dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações lingüísticas por considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a partir do preconceito lingüístico.
*Alfredina Nery Professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua/linguagem/leitura.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Computador na sala de aula completa o aprendizado ...

Reflexão e aprendizagem

A formação continuada oportuniza aos professores a reflexão da prática pedagógica, a profissionalização, o desenvolvimento intelectual, valoriza a troca de experiências, amplia os limites para a leitura, pesquisa e busca alternativas norteadoras para ampliação do universo de conhecimentos sobre a alfabetização e a aquisição da linguagem, através da interdisciplinaridade e contextualização, objetivando inserir metodologias de ensino para desenvolver competências e habilidades,contribuindo efetivamente para o processo de mudança da qualidade da educação.
O princípio da formação continuada do educador está associado e relacionado a constante busca e reflexão sobre a alfabetização e o letramento, pois a maioria dos educandos atualmente sabem ler e escrever mas, não conseguem fazer uso da leitura e escrita em situações diárias. Fica claro que alfabetizar não é o suficiente para atender as demandas de uma sociedade cada vez mais complexa, exigente e desafiadora. Faz-se necessário transcender a codificação de fonemas e grafemas. Nessa perspectiva, a alfabetização e letramento devem ocorrer simultaneamente valorizando o contexto histórico e socialmente situado e, para tanto, é imprescindível que o professor compreenda as diferenças e mudanças lingüísticas, o coletivo, ou seja, as relações sociais, culturais e políticas que permeiam os interesses humanos. Rever as concepções práticas educacionais de alfabetização, uma vez que as crianças chegam à escola com uma bagagem significativa de informações e na maioria das vezes familiarizados com conhecimentos intuitivos sobre leitura e escrita.
Faz-se necessário cada unidade escolar repensar sua função social, onde o educador deverá conhecer a legislação educacional, pois a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 definem os fins da educação brasileira: ensinar bem é preparar os indivíduos para exercer sua cidadania, com base nos quatro pilares da educação (aprender a conhecer aprender fazer, aprender conviver e aprender a ser). A educação, sendo um dos direitos sociais, permite a todos o acesso ao conhecimento, ajudando descobrir o mundo e o outro, fazendo com que contribua para desenvolver também um melhor conhecimento científico e de si mesmo, aumentando assim, a solidariedade, aceitação do multiculturalismo, fato que poderá provocar mudança de conceitos, não obstante, mudanças de paradigmas.

Cátia Caixeta

sábado, 18 de outubro de 2008

CHOMSKY, ZIRALDO E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

Chomsky, Ziraldo e a aquisição da linguagem por Emanuel Souza de Quadros
Fiquei surpreso em ver Chomsky sendo mencionado no Segundo Caderno da Zero Hora desse sábado; sobretudo por não ser nada sobre a escalada militar norte-americana na Colômbia, terrorismo de estado, estratégias imperialistas de controle global ou afins.
O bom velhinho surgiu na coluna do poeta Ricardo Silvestrin, que faz uma aproximação do que pensa Ziraldo sobre a educação com o que defende Chomsky em relação à linguagem humana. A idéia de Ziraldo, expressa em sua frase: "é mais importante ler do que estudar", é de que o ensino de língua portuguesa deveria centrar-se na leitura, ao invés de se preocupar com o ensino explícito de gramática. A leitura de bons textos traria consigo "o domínio de linguagem, de padrão de escrita".
O contato com a lingüística gerativa estaria na observação de que as crianças já entram na escola conhecendo sua língua materna, com total competência sobre as regras gramaticais subjacentes a seu funcionamento. Essa noção é básica para a teoria chomskiana e leva o colunista a concluir que "desse modo, a escola não precisa ficar nos ensinando o que já sabemos [- regras gramaticais]. E o pior: de um jeito que parece que não sabemos. O que precisa é nos ensinar a passar do falado para o escrito. E para isso, precisa nos fazer ler e escrever".
A boa lição que se deve tirar da coluna para o ensino de português é o respeito ao conhecimento que os alunos já trazem sobre a língua materna. A que não me parece ser muito boa é a idéia de que o ensino gramatical explícito é desnecessário. Ao menos porque, ao contrário do que o colunista parece sugerir, a língua a ser aprendida na escola não é exatamente a mesma que os alunos trazem de casa. Um dos objetivos do ensino de língua portuguesa é possibilitar aos estudantes o domínio da variedade padrão do idioma, de um padrão formal escrito, que não é o utilizado pelos alunos em sua comunicação diária. Se essa norma é mesmo importante para a sociedade é uma outra discussão.
O destaque do texto é o parágrafo, transcrito abaixo, em que o colunista passa a falar sobre o desenvolvimento de nossa competência sobre a língua materna.
É o seguinte: segundo o lingüísta [sic], a gente nasce com as condições para aprender línguas. É a nossa competência que vai se desenvolvendo com o nosso desempenho. Assim, nascemos num ambiente que fala uma língua, que para nós é "estrangeira", e vamos interagindo com ela. O processo que se dá na nossa cabeça nesse aprendizado não é meramente de ouvir e repetir. O que acontece é que vamos entendendo a estrutura da língua. É um aprendizado inteligente. Por exemplo, quando uma criança fala "fazi", ninguém disse isso. Mas por que ela falou? Porque entendeu que a estrutura de construção do pretérito perfeito do indicativo dos verbos de segunda conjugação se faz com raiz + i. Vender - vendi, comer - comi, perder - perdi, fazer - fazi. Mas alguém dirá à criança "não é fazi; é fiz!" [grifo meu]. Ela então incorporará uma nova informação ao que havia concluído: "Existem uns verbos meio malucos que são diferentes". São os verbos irregulares.
É bom porque apresenta de maneira simples e compreensível alguns insights importantes dos estudos sobre aquisição da linguagem que se deram na segunda metade do século XX: as observações de que nascemos com as condições necessárias para adquirir uma língua e de que a aquisição de uma língua não é uma questão de mera repetição do que se ouve no ambiente - a criatividade é inerente ao processo, como mostram formas como "fazi", presentes na fala infantil. A parte sublinhada no parágrafo acima é o ponto em que o colunista chega ao equívoco bastante comum de imaginar que há um papel fundamental para algum tipo de instrução explícita na aquisição da primeira língua pela criança.

Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? ...

EXALTAÇÃO DE ANINHA ( O PROFESSOR) - CORA CORALINA

EXALTAÇÃO DE ANINHA ( O PROFESSOR) - CORA CORALINA
Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”.Sem vós tudo seria baço e a terra escura.Professor, faze de tua cadeira, a cátedra de um mestre.Se souberes elevar teu magistério, ele te elevará à magnificência.Tu és um jovem, sê, com o tempo e competência, um excelente mestre.Meu jovem Professor, quem mais ensina e quem mais aprende?O professor ou o aluno?De quem maior responsabilidade na classe, do professor ou do aluno?Professor sê um mestre. Há uma diferença sutil entre este e aquele. Este leciona e vai prestes a outros afazeres.Aquele mestreia e ajuda seus discípulos.O professor tem uma tabela a que se apega.O mestre excede a qualquer tabela e é sempre um mestre.Feliz é o professor que aprende ensinando.A criatura humana pode ter qualidades e faculdades. Podemos aperfeiçoar as duas.A mais importante faculdade de quem ensina é a sua ascendência sobre a classe
Ascendência é uma irradiação magnética, dominadoraque se impõe sem palavras ou gestos, sem criar atritos, ordem e aproveitamento. É uma força sensível que emana da personalidade e a faz querida e respeitada, aceita. Pode ser consciente, pode ser desenvolvida na escola, no lar, no trabalho e na sociedade. Um poder condutor sobre o auditório, filhos, dependentes, alunos. É tranqüila e atuante.
É um alto comando obscuro e sempre presente.
É a marca dos líderes. A estrada da vida é uma reta marcada de encruzilhadas. Caminhos certos e errados, encontros e desencontros do começo ao fim.Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.O melhor professor nem sempre é o de mais saber,é sim aquele que, modesto, tem a faculdade de transferire manter o respeito e a disciplina da classe.


Cora Coralina

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

SOBRE A CIDADE


A história de Pirenópolis http://www.pirenopolis.com.br é uma das mais relevantes do Estado de Goiás. A cidade foi fundada como um pequeno arraial em 1727, quando Manoel Rodrigues Tomás, chefe de um grupo de garimpeiros submetidos ao bandeirante Anhanguera e guiado por Urbano do Couto Menezes, chegou à região com a missão de descobrir novas jazidas de ouro. A antiga Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte (nome inspirado em uma enchente que derrubou parte da ponte do Rio das Almas) tornou-se um acampamento de garimpeiros e teve seu crescimento ligado a essa atividade. A mão-de-obra principal era formada de escravos negros e índios que ainda habitavam a região. Ela se tornou uma terra sem lei marcada pelo autoritarismo, violência e sonegação de impostos. A primeira rua da cidade, era uma ligação entre uma pousada (na saída para Vila Boa, hoje Goiás) e o garimpo de ouro, transportado pela Estrada do Norte, que passava por dentro da Fazenda Bomsucesso. O centro urbano desenvolveu-se em torno da Igreja Matriz até a construção das Igrejas do Bonfim e do Carmo, que atraíram casas para seus arredores. Entre 1830 e 1834, a cidade sediou o primeiro jornal do estado de Goiás, chamado Matutino Meia Pontense. Na segunda metade do século XVIII, o crescimento de Pirenópolis ficou paralisado devido à crise da exploração do ouro. Em 1800 acontece uma retomada da economia, alavancada pela agricultura (principalmente algodão), pecuária e comércio. Apesar das mudanças das rotas comerciais da região a partir de 1850, o crescimento do centro urbano vai até o fim do século XIX, quando a cidade passou por um período de estabilidade econômica e cultural.
Em 1890, seu nome oficial passou a ser Pirenópolis, uma homenagem à serra dos Pireneus, que cerca toda a cidade. A serra, por sua vez, teve seu nome tirado da cadeia de montanhas que separa a França da Espanha. Mantendo conservada e intacta sua feição original e suas tradições, Pirenópolis foi tombada pelo (IPHAN) Instituto do Patrimônio Histórico Nacional em 1988. A cidade, apelidada de “Capital da Prata”, "Berço da Imprensa Goiana", "Atenas de Goiás" e "Paris-nópolis", entre outros, tem sua economia hoje baseada no artesanato e turismo, além da extração da pedra que leva seu nome. A "Pedra-de-Pirenópolis" é usada na construção civil para revestimentos e pisos e decora ruas e casas da cidade.